por Aline Paz e Mariah Massari*
Na sexta-feira, dia 12, o mundo se viu desprotegido. Segundo o levantamento da Kaspersky Lab, ao menos 74 países foram alvos de hackers em larga escala, o que resultou em 45 mil ataques. Por meio do ransomware – um tipo de vírus de resgate – dados confidenciais e sistemas foram sequestrados e inutilizados em troca de altas quantias de dinheiro. Os autores do crime ainda não foram identificados e pediram o resgate em bitcoin, moeda digital que dificulta o rastreamento.
Exemplo do estrago causado foi a paralisação de 16 hospitais e ambulatórios no Reino Unido, fato que colocou em risco a vida da população inglesa, que foi impedida de se dirigir a qualquer centro médico até que a situação fosse normalizada. No Brasil, instituições como Petrobras, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério Público de São Paulo (MP-SP), entre outras, tiraram seus sites do ar e desligaram seus computadores.
Em meio ao caos, surgiram dúvidas de todos os lados: Como sei que sou uma das vítimas? Será que estou protegido? Corro algum risco? Diante dessa necessidade, as assessorias de imprensa usam um assunto como gancho para alertar e trazer informações que complementem o ocorrido e que tragam prevenção para as empresas. Essa foi a estratégia usada pela NB Press, orquestrada por Mariah Massari, jornalista e profissional de relacionamento com a imprensa.
Depoimento da jornalista Mariah Massari
“Na estratégia diária de divulgação da UPX Technologies, corporação que faz parte da carteira de clientes da NB, sempre trabalhamos com materiais voltados à segurança digital, isso em diversos setores: saúde, finanças, consumo, etc. Assim, tendo um caos cibernético, não poderíamos deixar de aproveitar o incidente para trabalhar a imagem do especialista Bruno Prado, CEO da UPX. Em uma situação como essa, diante da gravidade da ação hacker e a proporção do transtorno, impressos, rádios, online e principalmente TVs, precisaram de um conhecedor para explicar o ocorrido, quais os próximos passos e como as pessoas poderiam se prevenir. Nesse caso, o tema é bastante técnico e requer um representante com alta expertise. Então, precisávamos fazer com que Prado fosse visto por esses jornalistas e colocá-lo à disposição para entrevistas. Porém, rapidez sem controle é pressa. Esse tipo de divulgação demanda uma estratégia elaborada. O plano deve ser arquitetado rapidamente. É uma corrida contra o tempo por dois fatores: 1. É um acontecimento em tempo real e os veículos precisam falar do assunto naquele momento; 2. São muitas fontes que surgem e são oferecidas a esses repórteres, por isso, é necessário se destacar”, explica Mariah. Seguindo essa ideia, procedemos da seguinte forma:
Agilidade:
- Redigimos uma nota rápida com o resumo do ocorrido, um perfil do especialista e da empresa.
- Como comentado, precisávamos de agilidade na divulgação e mandar o conteúdo no modo one to one não teria o efeito rápido que precisávamos. Então, geramos um mailing com contatos nacionais, internacionais, de economia e tecnologia e restrito à grande mídia. Disparamos o material elaborado.
Destacar o cliente:
- O título do e-mail. Esse é um dos detalhes mais importantes de uma divulgação e não ficou de fora da nossa estratégia. Lembrando que precisávamos destacar o cliente pela quantidade de fontes que apareceria para a mídia. O assunto tinha um apelo, com o intuito de fazer com que os jornalistas clicassem no e-mail, pois ali teriam informações relevantes sobre o ciberataque.
- Além disso, na nota produzida, destacamos como o especialista pode agregar ao assunto e o seu know-how em relação à questão.
Alinhamento e acompanhamento de demandas:
A partir do envio, os contatos foram imediatos, principalmente para televisões. Esse foi o momento de alinhar todas as solicitações e tentar encaixar o cliente no maior número de participações possíveis. Nos intervalos entre uma gravação e outra, foram enviados vídeos com o parecer de Prado por whatsapp, além de mantermos contato constante com os jornalistas. Até o fim do sábado (13), foram atualizações ininterruptas de informações e as semanas seguintes são oportunidades para o tema ser abordado como prevenção, tendo a gravidade do que ocorreu, e do caos que pode gerar caso aconteça novamente e com mais força.
* Aline Paz é redatora e Mariah Massari é profissional de relacionamento com a imprensa da NB Press Comunicação, agência especializada em relações públicas com portfólio de mais de 50 clientes. Para saber mais, acesse: nbpress.com e as páginas nas redes sociais: Facebook, Instagram e Linkedln.