Carolina Miranda Martins da Cunha*
Como o diagnóstico precoce interfere na cura?
É comum ouvirmos falar de pessoas, às vezes parentes ou amigos, que aparentavam estar bem e, de repente, tiveram um mal-estar, uma dor fora do comum que os levou a buscar ajuda médica. Feitos os exames, descobriram serem portadores de alguma doença grave em estágio avançado. Muitas vezes, casos assim têm um final triste, com o paciente vindo a falecer pouco tempo depois do diagnóstico.
Boa parte dessas histórias poderia ter um final feliz se a cultura do diagnóstico precoce fosse disseminada na sociedade. Ainda há resistência e muita falta de informação, principalmente entre os homens, em procurar ajuda médica para investigar determinados sintomas que incomodam no dia a dia, como uma dor de cabeça fraca, mas frequente, que passa com o uso de um simples analgésico. O indivíduo pensa não ser nada grave, mas a persistência do sintoma pode indicar um problema maior, que precisa ser investigado.
Identificar precocemente uma doença faz muita diferença porque aumenta para algumas doenças a chance de cura à medida que permite iniciar o tratamento em seu estágio inicial. Vamos usar o câncer de mama como exemplo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), caso seja tratado ainda em fase inicial, as chances de cura chegam a 99%. Com o diagnóstico precoce, o tratamento fica mais fácil, menos agressivo e o risco de sequelas diminui consideravelmente. Porém, se o diagnóstico for tardio, as chances de cura são menores, a qualidade de vida diminui consideravelmente, e o tratamento fica mais difícil.
Mas quando se deve ir ao médico para investigar uma possível doença? Mesmo não apresentando sintoma algum, fazer um check-up médico com exames clínicos, de imagem e laboratoriais periodicamente para avaliar o estado geral de saúde, contribui para o diagnóstico precoce de alguma doença que ainda não apresentou sintomas. Lembrando que a periodicidade dos check ups e exames que devem ser feitos serão definidos pelo médico.
Quando não é possível realizar os exames de rotina de forma periódica, o ideal é ficar atento aos sintomas que surgem. Uma dor recorrente, mesmo que fraca, azia ou aftas que surgem com frequência, manchas ou caroços no corpo, falta de sensibilidade da pele, entre outros. Tudo isso pode ser um sinal para que procure ajuda, mesmo acreditando que se trata de algo pontual.
É importante conhecer o histórico médico da família (pais, avós, tios), pois determinadas doenças são hereditárias, como a diabetes tipo 1. Se o pai, a mãe ou os avós tiveram essa doença, é possível que alguns dos descendentes também a tenham. O mesmo vale para outras enfermidades, como hemofilia, hipertensão, fenilcetonúria (alteração genética rara), determinadas alergias e obesidade. São casos em que, mesmo não havendo sintomas claros, é possível consultar um médico especialista para ele indicar os exames necessários e, mesmo com resultado negativo, traçar a estratégia de acompanhamento. Vale ressaltar que certas doenças demoram para se manifestar, daí a necessidade da realização de exames periódicos.
Outra questão que contribui bastante para que o brasileiro tenha pouco interesse em fazer o tratamento é seu desconhecimento sobre a existência de acesso aos medicamentos. É importante saber que tanto o setor privado (as operadoras de saúde) quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) fornecem gratuitamente os medicamentos necessários para o tratamento de algumas patologias. Neste caso converse com seu médico, ele saberá orientá-lo.
Durante a pandemia, muitas pessoas deixaram de fazer as consultas periódicas e isto causar o retardamento no diagnóstico de doenças importantes. Atualmente, além das medidas sanitárias adotadas nos consultórios e clínicas, podemos contar com a tele consulta, que pode reduzir a saída à rua, reduzindo a exposição aos riscos de contrair o Covid.
Enfim, garantir uma boa qualidade de vida e a eficácia de um tratamento, são bons motivos para que a cultura do diagnóstico precoce se propague na sociedade. Manter uma rotina de check ups frequentes é a melhor maneira de acompanhar a saúde.
*Carolina Miranda Martins da Cunha é Gerente de Soluções da InterPlayers.
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