Por Ricardo Fiovaranti *
Quem ainda era reticente com o comércio eletrônico e a presença de soluções digitais no varejo teve que rever sua opinião com a pandemia de covid-19. Sem a presença da tecnologia e a possibilidade de realizar compras de forma virtual, muitos negócios iriam naufragar, e o desempenho econômico do setor seria ainda pior no período. Mas a influência do ambiente digital na atuação dos lojistas não é algo recente – só foi acelerada pelo novo coronavírus.
Desde o surgimento da internet comercial e da criação das primeiras lojas virtuais, pouco a pouco diversos conceitos inerentes ao e-commerce passaram a fazer parte do dia a dia das lojas tradicionais. Confira cinco mudanças que o varejo físico incorporou dessa digitalização:
1 – Transformação de dados em estratégia
A principal mudança que o digital trouxe para as lojas físicas é, sem dúvida, a capacidade de coletar, processar e cruzar diferentes dados para potencializar a estratégia de negócio. Diferentemente do comércio eletrônico, as informações sobre o consumidor do varejo tradicional sempre estiveram disponíveis, mas não havia tecnologia suficiente para coletá-las de forma segura e confiável. Hoje, com soluções de Vídeo Analytics baseadas em visão computacional e inteligência artificial, isso é possível. Assim, selecionar os melhores dados e transformá-los em melhores estratégias é fundamental para a sobrevivência de qualquer negócio.
2 – Ampliação e integração de canais
O conceito de omnichannel não é novo, mas somente agora, com a maior presença de soluções digitais no dia a dia do varejo, é possível colocá-lo em prática. Aquela ideia de separar os canais de vendas e até de extinção das lojas de rua deu lugar ao novo papel que esses estabelecimentos exercem. Atualmente, eles representam o centro de todo o planejamento estratégico do negócio, possibilitando um ecossistema capaz de atender o consumidor quando, como e onde ele quiser.
3 – Antecipação e previsibilidade de demandas
A análise de dados não serve apenas para potencializar a tomada de decisão sobre algo que está acontecendo, mas principalmente para se antecipar a situações que ainda irão acontecer. Graças ao apoio de soluções de inteligência artificial, é possível identificar padrões importantes na jornada de compra de seus consumidores, como mapas de calor do estabelecimento, principais fluxos e horários de pico. Assim, o varejista pode suprir essa demanda sem causar ruído na experiência de consumo das pessoas e sem afetar a rentabilidade do negócio.
4 – Preocupação com o comportamento do consumidor
A preocupação com o comportamento e os hábitos do consumidor também é característica que foi potencializada com o aumento das soluções digitais no varejo tradicional. Sim, há excelentes exemplos de varejistas que souberam atender seus clientes ao longo do século 20, mas foram situações pontuais. A grande maioria dos lojistas tinha dificuldade de saber ao certo os desejos e as necessidades de seu público. Mas com a maior quantidade de dados no mundo físico, é possível levantar informações estratégicas a partir dos Kpis indicados e, a partir daí, criar iniciativas que atraiam essas pessoas para o estabelecimento.
5 – Preocupação com o estoque e frete
Por fim, o varejo físico percebeu a importância de criar uma excelente política de estoque e de frete em sua estratégia. Até pouco tempo, ainda era comum encontrar lojistas que acreditavam que bastava abrir as portas do comércio para atrair consumidores e, consequentemente, ter maior conversão. Se o objetivo é atender o cliente quando, onde e como quiser, é preciso oferecer opções de entrega e até de retirada de produtos independentemente do canal utilizado para a venda. Isso amplia o escopo da e a torna uma espécie de centro de distribuição.
* Ricardo Fiovaranti é CEO da FX Data Intelligence, empresa especialista em visão computacional dirigida por IA, fornecendo insights estratégicos para o varejo – e-mail: fx@nbpress.com
A FX Data Intelligence é uma plataforma SaaS que fornece dados inteligentes para o varejo por meio de visão computacional dirigida por inteligência artificial. A empresa combina as informações coletadas na loja, como as características do fluxo, jornada de compra, tempo de fila, com outros dados como vendas, atratividade das vitrines entre outros KPIs definidos pelos clientes.
Dessa forma, o varejista consegue identificar a eficiência da operação, melhorar o investimento em marketing para aquisição de novos clientes e potencializar a gestão do time de vendas, tudo isso com foco na melhoria da performance do negócio. Criada em 2015, faz parte da HiPartners Capital & Work, grupo de empresários e investidores que investe em soluções disruptivas para o varejo. Para saber mais, acesse: www.fxdata.com.br
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