Last Mile no delivery e suas tendências no setor
“O coração dispara, tropeça quase para”… Se usarmos uma canção popular para descrever a sensação do consumidor ao ler as palavras “seu pedido saiu para entrega ao destinatário”, provavelmente será essa. A fase final do processo logístico, também conhecida como last mile, desperta emoções reais e interfere diretamente na experiência de compra do consumidor.
Por outro lado, na perspectiva do varejista, é uma das fases mais complicadas de operacionalizar, envolvendo uma série de variáveis como: volume de entregas, planejamento de rotas, fluxo do trânsito, disponibilidade do cliente para o recebimento da mercadoria e muitos outros. Além de ser a etapa mais cara, chegando a representar 53% do custo total de envio do produto. E é por todos esses motivos que existe um esforço constante em desenvolver tecnologias que otimizem a logística da última milha de entrega.
Uma pesquisa realizada com 200 líderes de logística na Europa e nos Estados Unidos buscou identificar as lacunas e as principais dificuldades da last mile hoje, bem como oportunidades de crescimento em longo prazo. O relatório nota que, em 2022, a prioridade do setor está em automatizar as operações.
A demanda número um é a implementação do despacho baseado no custo de entrega, com 32% das empresas apostando nessa solução em 2022. Em segundo lugar estão as tecnologias para visibilidade da entrega em tempo real, que serão implementadas por 29% das empresas respondentes. Em terceiro, também com 29% das respostas, está a implementação do despacho e encaminhamento automatizado.
É interessante notar que a tecnologia é sempre apontada, não só como solução para problemas presentes, mas também como estratégia para diferenciação de oferta e oportunidade de fazer novos negócios. Nenhuma das empresas afirmou dispor de tudo o que precisa para alcançar esse objetivo, mas concordaram, em 54% das respostas, que apostar na tecnologia de dashboards (painéis de controle) em todas as transportadoras é o primeiro passo para essa diferenciação no mercado.
Pensando em desafios práticos do setor, uma das maiores dificuldades da logística de última milha é que, à medida que o volume de entregas cresce, a complexidade dessas operações aumenta, o que pode resultar num grande “congestionamento” de produtos. Nesse sentido, acredito que as tecnologias para otimização do processo de entrega são a grande pedida para o momento. Isso em vários níveis, por exemplo: é preciso fazer com que o tempo no local de entrega seja reduzido e, assim, seja possível encaixar mais entregas em uma rota.
Uma possível solução para isso pode ser a ampliação do uso de pagamentos automatizados, o que inclusive conversa muito diretamente com a estratégia omnichannel. Por último, algo muito importante é melhorar a visibilidade dos requisitos de fluxo de entrega para os entregadores, que, munidos dessas informações, poderão otimizar seu trabalho.
O last mile delivery é, talvez, a parte mais importante do processo de compra, por isso é necessário estar sempre atento às novidades e possibilidades de melhoria com base em tecnologia.
*Vinicius Pessin é CEO da Logtech Eu Entrego, startup de entregas colaborativas – e-mail: euentrego@nbpress.com
Criada em 2016, a Eu Entrego é uma plataforma omnienabler que transforma lojas físicas em hubs logísticos e conecta varejistas a uma rede de entregadores autônomos em carros de passeio e bikes elétricas (modais alternativos). Para mais informações, acesse: www.euentrego.com.
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