Meios de pagamentos se rendem às moedas digitais – o que isso significa?

Meios de pagamentos se rendem às moedas digitais – o que isso significa?

Por Cássio Rosas *

 

Poucos mercados se transformaram tanto nos últimos anos quanto o financeiro. A evolução tecnológica e o surgimento de novos players possibilitaram que novas soluções surgissem aos montes – entre essas novidades, as moedas digitais encabeçam a lista de principais tendências para os próximos anos. Contudo, apesar do crescimento vertiginoso na última década, o segmento ainda enfrentava um obstáculo importante em sua trajetória de popularização: a presença na “economia real”, isto é, com soluções que resolvem o dia a dia da população, como pagamento de contas e compras no varejo. Mas essa fronteira está, pouco a pouco, sendo ultrapassada em todo o mundo.

 

Avanços

As últimas notícias referentes ao universo das criptomoedas e tokens dão uma amostra do crescimento e da importância desses ativos para os meios de pagamento. As duas gigantes do setor, Visa e Mastercard, anunciaram recentemente medidas que buscam incluir as moedas digitais em suas soluções. No caso da Visa, a empresa anunciou que aceitará USD Coin em transações feitas na blockchain Ethereum, uma das mais importantes do mundo. A Mastercard, por sua vez, pretende integrar diversos tipos de moedas digitais a sua rede ainda em 2021. Além delas, o PayPal, referência em transações no comércio eletrônico, também se mobilizou e passou a aceitar esse tipo de pagamento em compras nos Estados Unidos.

Quando três dos principais meios de pagamento globais aderem ao “universo cripto”, é sinal claro de que a entrada das moedas digitais no segmento é caminho sem volta. É questão de tempo para tokens, bitcoins e demais ativos digitais se tornarem opção de pagamento tão popular quanto os cartões de crédito e débito atualmente. Nesse sentido, os tokens largam na frente como alternativas eficientes. Afinal, são criados justamente para facilitar as relações de troca entre consumidor e empresa – o que faz muitas organizações criarem seus próprios gateways de pagamento para se relacionarem com as pessoas. As criptomoedas, por sua vez, são mais recomendadas como fontes de investimento, uma vez que movimentam um volume financeiro muito maior.

 

Desafios

Evidentemente a entrada de novos meios de pagamento no varejo global exige novos desafios em todo esse ecossistema. Um deles é tecnológico e envolve a escalabilidade das soluções. Para que as transações possam ocorrer com as características desejadas (velocidade, transparência e simplicidade), é preciso adaptar os equipamentos e sistemas utilizados pelas empresas atualmente. Isso exige uma força-tarefa não só para atualizar os softwares (permitindo o recebimento em moedas digitais), mas também para levar o recurso a diferentes regiões, pelo menos nas que têm mais aderência às moedas digitais.

Além disso, há a questão cultural. Para que o pagamento com criptomoedas e tokens se transforme em algo corriqueiro, é preciso que os consumidores as enxerguem como opções seguras para realizarem suas compras. No Brasil, as pessoas ainda preferem o “dinheiro vivo” em mãos na hora de pagarem suas contas, de acordo com pesquisas de mercado. Ou seja, elas não trocarão pela alternativa virtual do dia para a noite. Isso envolve um necessário trabalho de conscientização e conhecimento, desmistificando alguns pontos que ainda rondam as moedas digitais e, principalmente, fornecendo orientações sobre as vantagens de utilizá-las no cotidiano.

 

Futuro

Felizmente, estamos no caminho certo. O PIX, a solução digital de pagamento instantâneo do Banco Central, rapidamente foi aceito e utilizado pelos brasileiros. Em sete meses de existência (novembro de 2020 a maio de 2021), há mais de 254 milhões de chaves cadastradas e foram realizadas mais de 613 milhões de transações no período. Assim, mesmo que o consumidor ainda prefira dinheiro vivo, ele se mostra aberto a novas tecnologias.

Quando a tecnologia estiver pronta para isso e as pessoas conhecerem os benefícios, as moedas digitais estarão prontas para se consolidarem como a primeira opção de pagamento em todo o mundo. Hoje, o consumidor quer a melhor experiência de compra em todas as etapas – e ficar parado na fila de um caixa em um estabelecimento certamente não melhora a imagem da loja. Em contrapartida, ao oferecer diferentes possibilidades de compra, relacionamento e pagamento, a marca mostra, no mínimo, respeito à liberdade de escolha do usuário. Em um cenário de instabilidade econômica e grande competitividade no varejo, estar ao lado do cliente é questão de sobrevivência.

 

*Cássio Rosas é Diretor de contas Enterprise e Estratégia da Wiboo, plataforma com utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais – e-mail: wiboo@nbpress.com

 

Sobre a Wiboo Company

Criada inicialmente como um social commerce focado em programas de fidelidade, a startup Wiboo é uma plataforma de engajamento on-line que usa como base uma moeda digital (utility token) para divulgação de campanhas das empresas – anunciantes. Ela utiliza a estratégia de member-get-member, transformando usuários comuns em microinfluenciadores nas redes sociais, WhatsApp e Telegram para aquisição de novos consumidores, com uma proposta de redução de CAC e CPC em relação às mídias digitais existentes. A proposta é atuar como uberização da mídia com a segurança do blockchain. A Wiboo, além das plataformas, é criadora do WiBX, primeiro utility token do país negociado na exchange Mercado Bitcoin. Para mais informações, acesse: www.wiboo.com.br

 

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